Se pudesses escolher uma frase, um texto, uma música ou um poema para te definir qual seria?
Tenho duas frases que me podem definir:
"..tenho em mim todos os sonhos do mundo..." e " a escolha certa é aquela que acalma o coração."
Qual foi o maior desafio que viveste até hoje?
Eu sou uma pessoa de decisões fáceis. Ao longo da vida vamos aprendendo a lidar com vários desafios - a maturidade é sem dúvida uma das mais valias que vamos ganhando com a idade - sou uma pessoa frontal e até para tomar decisões sou instantânea e ágil. No entanto, tomar a decisão de voltar a estudar e desenvolver uma atividade completamente nova, aos 42 anos, foi sem dúvida o maior desafio mas também o mais aliciante. Preciso de estar constantemente a testar as minhas capacidades e a desafiar-me.
Mudar inteiramente de vida e fazer deste novo projeto um sonho que todos os dias se torna cada vez mais realidade, foi sem dúvida desafiante.
E qual foi o momento mais feliz?
Sem dúvida o nascimento dos meus filhos. É um momento inesquecível, uma alegria e um amor imenso. Todas as prioridades da vida mudam, o mundo passa a girar em torno deles.
Decidiste tornar-te designer de joalharia porque…
Depois de ser mãe e dos dias frenéticos, ao longo de uma semana de trabalho, na área da publicidade, comecei a fazer pintura a óleo aos fins de semana. Descobri, entretanto, que adorava tudo o que era manual. Em 2012 ,fiz um workshop de iniciação à joalharia, e foi o início de uma paixão. Achei maravilhoso a transformação que podíamos fazer com o metal. Tudo começa com uma inspiração, uma ideia e depois de várias horas a concretização final de uma peça. Em 2015, com a crise financeira instalada, a área da publicidade sofreu uma grande transformação e tive que encontrar uma nova alternativa. Sabia que não queria voltar a desempenhar as mesmas funções e que precisava de um novo desafio. Foi aí que percebi que era o timing perfeito para me dedicar de corpo e alma à joalharia. Mudei tudo e fui à procurar do meu propósito de vida, inscrevi-me no Centro de Joalharia de Lisboa.
De que forma é que a Clélia Jewellery transformou a tua vida?
A primeira transformação foi sem dúvida fazer todos os dias aquilo que realmente gosto. Nem todos temos o privilégio de fazer, diariamente, o que gostamos.
Encontrar o meu propósito, gerir o meu tempo, estar mais disponível para a família ou para uma amiga a meio do dia.
Também dá um frio na barriga, um receio, um saltar para fora de pé. É um processo de desafio e superação diário. Além de prazeroso foi um investimento na minha vida e também uma maior responsabilidade a nível financeiro.
O que é que o teu trabalho acrescenta à vida dos teus clientes?
A jóia é um adorno que está presente na humanidade desde os primórdios do tempo. Podendo ter um papel religioso, de proteção ou até mesmo para definir um estatuto social.
Nos dias de hoje, as jóias são usadas como um adorno estético e de status.
O que eu pretendo passar com o meu trabalho é mais do que isso. A Joalharia de autor é uma paixão, dedicação, transmissão de sentimentos e essencialmente de histórias. Gosto de criar jóias através das minhas histórias ou das histórias que me contam. Gosto de imaginar que essas jóias são um legado, que vão ser passadas de geração em geração e admiradas ao longo de décadas. Adoro quando as pessoas vestem as minhas jóias e iniciam uma nova história. Uma jóia é uma peça de arte que podemos usar em qualquer circunstância e levar para qualquer lado.
Qual é a tua principal fonte de inspiração?
A minha fonte de inspiração é a Mãe Natureza, as pessoas e a arquitetura.
Como descreves a experiência Share inspiration @ the Table?
É uma experiência maravilhosa. É chegar com um sentimento de incerteza e sair de coração cheio.
Let´s share inspiration porque… contribui para o crescimento próprio e do outro. É um sinal de confiança e de troca mútua.
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